Esperamos ansiosamente pelo Verão e pela oportunidade que ele nos concede para ganharmos um “bronze” que faça inveja, mas isso pode acarretar riscos para a nossa saúde.
Infelizmente, os mesmos raios de Sol que nos providenciam Vitamina D e que ajudam à produção de melanina, e consequente tom de pele bronzeado, são os mesmos que podem causar queimaduras, cancros de pele e lesões oftálmicas.
Efeitos Nocivos do Sol
A pele é a parte do nosso corpo que mais sofre com os efeitos nocivos do sol. O surgimento de manchas, queimaduras e alergias decorrentes da falta da proteção adequada é bastante comum. Apesar de serem problemas de fácil e rápida resolução, anos de exposição ao sol sem proteção devida podem desencadear o aparecimento de rugas e a perda da elasticidade da pele, causando o envelhecimento precoce.
Estes problemas transformam-se em meros incómodos passageiros quando falamos do cancro de pele. A radiação UV, ao atingir a pele desprotegida, pode provocar mutações no DNA das células e fazer com que transformações malignas ocorram.
Existem três tipos de cancro de pele, todos relacionados, entre outros fatores, com a exposição solar inadequada durante a vida: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. O carcinoma basocelular é o mais comum e não causa metástase. O carcinoma espinocelular é o segundo mais comum e provoca metástase. O melanoma, por sua vez, é o mais grave e possui o maior potencial para produzir metástase dos três tipos citados.
Além da pele, os nossos olhos são dos órgãos que mais sofrem com a exposição solar. A exposição dos olhos aos UV, tal como acontece com a pele – o maior órgão do corpo humano –, é fonte de danos, nomeadamente para a pálpebra, um local frequente de patologia.
As lesões oculares mais frequentemente associadas aos efeitos nocivos dos UV são os tumores da pálpebra e da conjuntiva, a fotoqueratite aguda associada à exposição aguda à luz solar em ambientes como a neve ou o mar, o pterígio, que evolui lentamente e silenciosamente, a catarata, que vai ser responsável por perda de visão e a doença macular da retina, que pode assumir uma forma aguda e uma crónica, ambas responsáveis por perda de visão central, muitas vezes irrecuperável.
Estas duas últimas patologias geralmente são causadas pelos UVA, dado que os UVB sendo filtrados pela córnea se associam mais a patologia palpebral e da superfície ocular.
Não é somente a pele e os olhos que sofrem com o sol. Os nossos cabelos, ao serem expostos diariamente ao calor, sofrem ressecamento e até mudança de coloração.
Cuidados a ter
• Utilize roupa escura e óculos de sol
Prefira roupa escura e de “manga comprida” que cubra os antebraços. Utilize um chapéu de abas largas para proteger orelhas, olhos, rosto, costas e pescoço.
Como verificamos anteriormente, os olhos são particularmente afectados por uma exposição prolongada ao sol. Assim, utilize óculos de sol que forneçam 99 a 100% de proteção contra UVA e UVB. Eles reduzem bastante os danos aos olhos causados pela exposição ao sol. As crianças devem também usar este tipo de óculos.
•Hidratação
Mesmo que não sinta sede, ingira muitos líquidos, preferencialmente água. Outra forma de equilibrar os níveis de hidratação corporal, além de conterem nutrientes essenciais que ajudam a proteger a pele. A cenoura, por exemplo, contém betacaroteno, que protege a pele dos raios solares.
• Utilize sempre protetor solar
30 minutos antes de ir para a praia, aplique um creme protetor solar com FPS igual ou superior a 30 e renove as aplicações de 2 em 2 horas mesmo após o banho.
A aplicação de protetor solar no rosto deve fazer parte a sua rotina diária, mesmo em dias nublados ou com nevoeiro.
• Evite a exposição nas horas em que os raios solares são mais fortes
Evite expor-se ao sol nas horas em que os raios solares estão mais fortes, isto é, entre as 12h e as 16h.
• Faça uso da sombra
Procure o resguardo das sombras em horários de maior calor, mas lembre-se: estruturas de sombra, como árvores, guarda-sóis ou coberturas, não oferecem proteção solar completa.